Como Vaso de Barro

Como Vaso de Barro

Por Administrador | Publicado em 06/08/2025


Há uma beleza silenciosa no barro. Ele não brilha, não impressiona, não impõe respeito. Mas é justamente nesse material simples que Deus decidiu representar nossa existência e missão.

O apóstolo Paulo escreveu em 2 Coríntios 4:7:

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós."

Essa frase carrega uma revelação profunda: por mais frágeis, limitados e falhos que sejamos, fomos escolhidos para conter o maior tesouro que existe — a glória do Evangelho.

Fragilidade com propósito

Um vaso de barro pode trincar com facilidade, não é bonito como o ouro nem resistente como o aço. Ainda assim, ele cumpre a sua função. A fragilidade aqui não é um defeito, é parte do plano. Deus não nos chamou por nossa força, mas para que Sua força seja vista em nós.

Nossos defeitos não anulam nosso valor diante de Deus. Pelo contrário, tornam ainda mais evidente a ação d’Ele em nossas vidas. O tesouro brilha mais forte quando o vaso é humilde.

O barro nas mãos do Oleiro

O profeta Jeremias nos lembra disso ao descer à casa do oleiro (Jeremias 18). Ele viu o barro sendo moldado, refeito, corrigido. Deus tem o direito e o amor de nos transformar, quebrar o que precisa ser quebrado e formar de novo.

Às vezes, as circunstâncias que nos esmagam são as mesmas que Deus usa para nos dar forma. Sofrimentos, frustrações, perdas… tudo pode ser parte da obra do Oleiro que sabe o que está fazendo.

Não é sobre o vaso. É sobre o tesouro

Vivemos tempos de aparência, de performance, de comparação. Mas o Evangelho nos convida a uma contracultura espiritual: não é sobre ser vaso bonito, é sobre carregar o tesouro.

A graça, o amor, a Palavra e a presença de Deus em nós é o que realmente importa. O barro pode se quebrar, mas o tesouro permanece. O vaso pode ser imperfeito, mas Deus continua nos usando.

Conclusão

Reconhecer-se como vaso de barro não é humilhação, é libertação. Não precisamos provar nada. Podemos ser frágeis, desde que não escondamos o tesouro. Que sejamos vasos sinceros, disponíveis e moldáveis — mesmo que de barro — porque o que carregamos é eterno.


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